Pesquisa

A pesquisa voltada à gestão carrega, em sua essência, o desenvolvimento dos elementos conceituais e práticos que deveriam favorecer o desempenho organizacional e, necessariamente, aprimorarem as relações entre os diversos agentes envolvidos. Diante do dinamismo e complexidade dos ambientes onde atuam as diferentes organizações, a investigação científica e a produção de conhecimento na área de Administração pressupõem o envolvimento ativo dos pesquisadores nesse processo com perspectivas multifacetadas.

Especificamente no tocante à infraestrutura para as pesquisas relacionadas à área de Administração, há 480m² para os laboratórios do Centro de Pesquisas em Administração (CEPAD), a saber: Laboratório do Agronegócio (LAG), Laboratório de Economia e Gestão (LEG), Laboratório de Empreendedorismo, Inovação e Comércio Internacional (LEICI), Laboratório de Finanças e Contabilidade (LabFiC); Laboratório de Estudos das Indústrias Aeroespaciais e de Defesa (LabA&D), Laboratório de Estudos do Setor Público (LESP), Laboratório de Negócios Sustentáveis (SB-Lab), Laboratório de Pessoas e Marketing (LPM) e Laboratório de Cadeias Produtivas (LACADE).

O CEPAD iniciou suas atividades em 2013 e hoje congrega docentes e alunos de graduação e pós-gradução do curso de Administração, assim como pós-doutorandos e pesquisadores visitantes. Os laboratórios possuem infraestrutura de pesquisa composta por mobiliário, computadores, projetores, sala de reunião para até 10 pessoas, impressoras e software, e, ainda, a FCA dispõe de uma Sala de Projeções com 120 lugares para as atividades de pesquisa, ensino e extensão.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Gestão e Sustentabilidade

Linhas de Pesquisa
1) Gestão e Estratégia

O ambiente de gestão e estratégia é permeado por incertezas em nível organizacional e sistêmico, lidando ainda com um acelerado ritmo de mudanças tecnológicas, sociais, culturais, políticas e na própria configuração das organizações. Tais elementos colocam ênfase na necessidade de se estabelecer avanços científicos acerca do entendimento dos elementos inseridos neste contexto, tendo em vista implicações para práticas de gestores de empresas privadas, órgãos públicos e entidades do terceiro setor.

Assim, a Linha de Pesquisa em Gestão e Estratégia possui foco em abordagens que lidam com a dinâmica de administração de organizações privadas e públicas, o contexto socioeconômico em que elas se inserem e as interações estabelecidas entre estas dimensões internas e externas às firmas, governos e outros agentes. Tais aspectos incluem elementos que compreendem pesquisa de fronteira no campo da Administração a partir de diferentes perspectivas:

i. Avaliação e indicadores de desempenho e do impacto da estratégia organizacional;
ii. Gestão estratégica de recursos humanos;
iii. Finanças, controladoria e mercado financeiro;
iv. Marketing estratégico e tático;
v. Estratégia e gestão de cadeias de suprimentos;
vi. Gerenciamento de projetos, riscos e operações;
vii. Ambiente estratégico e visão de futuro;
viii. Cultura organizacional;
ix. Ecossistemas de negócios, ecossistemas de inovação e redes organizacionais;
x. Capacidades dinâmicas;
xi. Cadeias globais de valor e internacionalização de empresas.

Tais áreas abrangem uma diversidade de métodos de pesquisa, envolvendo desenvolvimentos teóricos, conceituais e empíricos de natureza qualitativa, quantitativa e mista. Tanto métodos tradicionais como novas metodologias (ou novas aplicações de métodos de pesquisa estabelecidos) se aplicam.

Assim, a linha de pesquisa estuda as opções estratégicas das organizações, compreendendo determinantes de seus resultados e impactos (com base em diagnósticos e identificação de problemas), etapas de formulação, implantação, monitoramento e avaliação de estratégias e operações, e alcançando o estudo de meta-organizações multifacetadas - sempre tendo em vista a diversidade de stakeholders e a complexidade contextual envolvida nos processos de tomada de decisões.

2) Empreendedorismo e Sustentabilidade

No contexto de um ambiente globalizado e de transformações constantes, diferentes oportunidades de negócios podem ser identificadas, exigindo adequada atuação daqueles que se propõem a explorar e desenvolver soluções para o atendimento de demandas específicas. O empreendedorismo, nesse sentido, apresenta-se como um comportamento central na dinâmica evolutiva de mercados e instituições, tendo reflexos não somente econômicos, mas que podem se estender a diferentes setores da sociedade. Neste âmbito, é notável o papel da atividade empreendedora na geração de novas empresas intensivas em conhecimento e nos próprios processos adaptativos de organizações existentes (empreendedorismo corporativo e intraempreendedorismo). Isto inclui não somente a lógica de novos negócios baseados em tecnologia, mas geração de novos modelos organizacionais e a mudança em estruturas e práticas em empresas, governos e universidades.

Complementarmente, este ambiente organizacional mutável e dinâmico tem sofrido crescentes pressões vinculadas aos impactos econômicos, sociais e ambientais da atividade humana e empresarial, sedimentando a relevância de estudos em sustentabilidade entendida em sentido amplo.
Desta forma, a Linha de Pesquisa em Empreendedorismo e Sustentabilidade congrega tópicos e abordagens que oferecem insumos para o conhecimento em:

i. Empreendedorismo acadêmico e estudantil;
ii. Gestão de novas empresas intensivas em conhecimento;
iii. Empreendedorismo corporativo e intraempreendedorismo;
iv. Ecossistemas de empreendedorismo e ecossistemas digitais;
v. Comportamento empreendedor e intenção empreendedora;
vi. Startups e negócios digitais;
vii. Negócios de impacto social e ambiental;
viii. Cidades inteligentes (smart cities) e gestão urbana sustentável;
ix. Empreendedorismo sustentável (green entrepreneurship);
x. Gestão da Inovação;
xi. Gestão sustentável;
xii. Planejamento e desenvolvimento sustentável.

Destarte, a linha de pesquisa compreende contribuições vinculadas à dinâmica de empreendedorismo em um contexto socioeconômico em constante transformação, em que o indivíduo empreendedor é afetado e afeta o ambiente em que está inserido. Por sua vez, tais discussões não são alheias aos desafios econômicos, sociais e ambientais que se apresentam. A intersecção entre estes elementos deverá oferecer contribuições e implicações concretas para a tomada de decisão em nível organizacional e agregado para a geração de desenvolvimento criado sobre uma base sustentável.