logo fca transparente

Selecione seu Idioma

rsz logo unicamp



dfasfasfas

 

Vinte e seis docentes da Faculdade recebem do CNPq a bolsa de Produtividade em Pesquisa (PQ), destinada a cientistas de destaque em suas áreas de atuação. A bolsa é um dos mecanismos mais antigos de fomento à pesquisa no país e foi criada em 1976 para incentivar e valorizar a pesquisa científica no Brasil.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, contempla com a bolsa projetos científicos que apresentem relevância, originalidade e impacto social e que sejam conduzidos por pesquisadores com inserção internacional e produção científica de destaque, os quais contribuem para formação de recursos humanos em ciência.

Para Adriana Bin, atual Presidente do Conselho Multidisciplinar de Pesquisa da Faculdade, é importante destacar que os contemplados compõem 25% dos docentes da instituição, uma das mais novas unidades da Unicamp. “Sem dúvida é um reflexo da qualidade da pesquisa que tem sido feita aqui, assim como da contribuição dos pesquisadores para formação de recursos humanos em nível de pós-graduação e de sua inserção nacional e internacional”. Segundo ela, considerando-se o tempo de concessão e valores envolvidos, é possível constatar que os benefícios monetários são pequenos. No entanto, a importância da bolsa está em seu prestígio, uma vez que está associada ao reconhecimento de pesquisadores em suas áreas. "Isso significa que pesquisadores contemplados com o benefício acabam ocupando posições de destaque no sistema científico nacional e tem maiores chances de serem contemplados em outros financiamentos ou mesmo em concursos públicos. Trata-se, neste sentido, de um mecanismo de premiação, que distingue o comportamento anterior dos cientistas, assim como de incentivo, para que ele mantenha seu padrão de excelência. Vale, no entanto, ressaltar que existe uma discussão importante em relação a este auxílio, considerando possíveis vieses em termos de distribuição por área, nível de senioridade dos pesquisadores contemplados, gênero e distribuição geográfica. No entanto, não há conclusões definitivas sobre estes pontos, uma vez que a dinâmica de concessão varia bastante por área, considerando as práticas dos respectivos comitês de assessoramento, assim como o perfil de quem solicita o auxílio".

Cláudio Gobatto, atual coordenador do Comitê de Assessoramento Multidisciplinar em Saúde e bolsista nível 1A do CNPq, salienta a relevância do trabalho destes pesquisadores para a comunidade científica nacional. Ele destaca que há cinco níveis de bolsas PQ, iniciando no nível 2, passando pelos níveis 1D, 1C, 1B e 1A - os bolsistas nível 1 também recebem um adicional de bancada para financiar parte dos projetos desenvolvidos. Em todos os níveis, os bolsistas são responsáveis por analisar e julgar o mérito de projetos científicos, bolsas de estudos no país e exterior, bem como eventos científicos e congressos a serem financiados pelo CNPq, quando submetidos por pesquisadores de instituições públicas e privadas em todo o Brasil. “Sem o trabalho realizado por estes pesquisadores, o CNPq teria muita dificuldade para distribuir recursos com a mesma competência com que julga suas demandas”, salienta o pesquisador.

Para o Prof. Álvaro D’Antona, um dos contemplados pela bolsa na área de humanidades, mais do que o valor recebido mensalmente, conta o reconhecimento institucional do empenho como pesquisador. Segundo ele, a manutenção da bolsa produtividade tem um gosto muito especial: “sinaliza que minha produção interdisciplinar é bem avaliada mesmo disciplinarmente, tendo em vista que minha bolsa vem de uma área disciplinar do CNPq”. O docente lembra também que o reconhecimento traz ganhos secundários coletivos, já que um programa de pós-graduação com bolsistas produtividade ganha pontos positivos, algo particularmente importante para a Faculdade. “Nesse sentido, é animador saber que em pouco mais de uma década tantos docentes da nossa unidade tenham recebido essa distinção”.

Também destaca a importância do reconhecimento acadêmico obtido através da bolsa, o Prof. Gustavo Salati, pesquisador da área de Administração. “É um indicativo de meu mérito como pesquisador e do valor das minhas contribuições para a área de pesquisa em que atuo. Esse reconhecimento também auxilia na obtenção de outras fontes de financiamento para os projetos em que participo, pois as agências e instituições de fomento podem considerar o recebimento da Bolsa Produtividade CNPq como um indicador de excelência em pesquisa”. O docente destaca que a bolsa também ajuda a promover a continuidade das pesquisas, permitindo dedicação a projetos mais ambiciosos de longo prazo, com resultados de maior impacto na sociedade.

Já para Ricardo Floriano, docente das Engenharias, ser bolsista produtividade do CNPq faz parte dos anseios de cada pesquisador. “É um marco muito importante na carreira do cientista, pois a bolsa funciona como um selo de qualidade, atestando elevado ganho de maturidade científica e independência, além de reconhecer e incentivar o envolvimento e participação do docente na formação de recursos humanos de alto nível”.

Uma motivação para continuar fazendo ciência no Brasil, mesmo diante de inúmeras dificuldades. É este o significado da bolsa para a Profa. Maria Cláudia Oliveira Fusaro, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Dor e Inflamação. “O recebimento da bolsa significa também que, quando trabalhamos com afinco, é possível consolidar uma linha de pesquisa – e este processo envolve muitas outras pessoas. Sou muito grata, portanto, a todos que participam ou já participaram do meu grupo de trabalho. Receber a bolsa é um reconhecimento pessoal e para todos os que trabalham comigo”.

 

docentes cnpq1