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                                                     Laís Simino (à esq), pós-doutoranda, e Paloma Villalta (à dir.), aluna de Iniciação Científica, desenvolvem suas pesquisas no
                                                        Laboratório de Distúrbios do Metabolismo e foram premiadas em congresso internacional da área da saúde no Canadá
 

Laís Simino, pós-doutoranda, e Paloma Villalta, graduanda em Ciências do Esporte e aluna de Iniciação Científica, desenvolvem suas pesquisas no Laboratório de Distúrbios do Metabolismo (LabDiMe Unicamp) orientadas respectivamente pelo Prof. Márcio Torsoni e pela Profa. Adriana Torsoni – no final de agosto, ambas foram premiadas em congresso internacional da área da saúde em Vancouver, no Canadá. O evento reúne trabalhos que investigam as origens do desenvolvimento da saúde e da doença e conta com a presença de pesquisadores de diversos países.

O trabalho de Simino foi selecionado para apresentação oral e palestra e o prêmio – certificado e ajuda de custo para participar do evento – foi oferecido pela Kids Brain Health Network, empresa canadense que desenvolve pesquisas sobre a saúde cerebral em crianças. A pesquisadora investiga, em modelo experimental, as causas de inflamação que aparece no cérebro de filhotes de mães obesas e atrapalha o controle da fome e saciedade, causando doenças metabólicas. “Sabemos que, em camundongos, os filhos de mães que estavam obesas durante a gestação desenvolvem uma inflamação de baixo grau globalizada ao longo da vida. Essa inflamação, entre outros problemas, faz com que a região do cérebro que sinaliza a fome e a saciedade não funcione da forma correta, e esses animais sentem mais fome do que deveriam. Por isso, acabam ganhando peso e ficando mais propensos ao desenvolvimento de doenças metabólicas. Meu trabalho está procurando investigar quais são as causas dessa inflamação aparecer nessa região do cérebro, para que, no futuro, a gente consiga pensar em estratégias para minimizar essa inflamação e prevenir o aparecimento dessas doenças metabólicas”.

A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com os pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA, nos Estados Unidos), com financiamento do National Institutes of Health (NIH, departamento de Saúde do governo federal dos EUA) em uma colaboração estabelecida com o Laboratório de Distúrbios do Metabolismo. “Foi muito importante receber essa premiação, pois além da ajuda de custo para a viagem que eles me concederam, é um reconhecimento importante para as pesquisas realizadas no Brasil”.

 

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                                                                  A pós-doutoranda Laís Simino durante apresentação no congresso internacional na área de saúde no Canadá
 

Já o prêmio de melhor pôster do evento foi recebido por Paloma Villalta, que desenvolve pesquisa de iniciação científica orientada pela Profa. Adriana Torsoni. Elas investigam, também em modelos experimentais, se o consumo da gordura interesterificada pela mãe, durante a gravidez e amamentação, afeta negativamente o metabolismo dos filhotes. Villalta esclarece que a indústria de alimentos atualmente utiliza este tipo de gordura como substituta da gordura trans, já bastante conhecida pela população como maléfica à saúde. “Estudos já mostraram que o consumo da gordura interesterificada também é prejudicial à saúde. Sabendo disso, e sabendo também que muito do que a mãe faz durante a gravidez e amamentação afeta a vida do bebe, o nosso estudo quer saber se o consumo dessa gordura interesterificada pela mãe, durante a gravidez e a amamentação, vai causar danos ao metabolismo dos filhotes”.

Segundo ela, o prêmio é fruto de um conjunto de fatores relacionados ao Laboratório e ao ambiente de trabalho que ele proporciona. “Uma premiação em congresso internacional ainda parece surreal. O reconhecimento que obtive se deve também à paciência, didática e sabedoria da minha orientadora, que sabe sempre encontrar e potencializar as capacidades de cada um dos seus alunos e fazer com que se apaixonem pelo que fazem; da amizade e cooperação de todos os alunos do laboratório, que estão sempre dispostos a ajudar e ensinar os colegas; da união dos docentes, sempre a postos para escutar, acolher, orientar e compartilhar conhecimento e, por fim, do companheirismo de todos, que fazem do ambiente um lugar maravilhoso de estar, trabalhar e aprender. Tudo isso só me faz querer ainda mais continuar na área acadêmica”.

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A graduanda em Ciências do Esporte e pesquisadora de iniciação científica Paloma Villalta, com poster premiado durante o evento científico

 

Sobre o LabDiMe

O Laboratório de Distúrbios do Metabolismo foi criado em 2012 na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp e é compartilhado por quatro docentes que desenvolvem projetos em colaboração.

Os pesquisadores investigam os mecanismos moleculares associados a regeneração hepática, disfunção placentária, programação metabólica e distúrbios da homeostase. O LabDiMe é um dos laboratórios vinculado ao Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades da Unicamp, financiado com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Centro de Programação Metabólica e Manejo Perinal (NIH, EUA). As principais linhas de pesquisa são: mecanismos antiinflamatórios e o controle da homeostase energética; obesidade materna e distúrbios metabólicos na prole; nutrientes e imunomodulação.

 

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                                                    Prof. Márcio Torsoni e Profa. Adriana Torsoni, coordenadores do LabDiMe, com as aulas durante o congresso em Vancouver