A FCA se realiza: formaturas de 2020

Os dias de formatura são os mais tocantes e importantes do nosso calendário. Não há orador, homenageado, gestor ou quem quer que seja que não tenha a voz embargada ao assumir o microfone. Entre os alunos que desfilam diante da longa mesa, se sucedem apertos de mãos suadas, frias, trêmulas. Aproveito cada instante para observar, provavelmente pela última vez, seus rostos: - Parabéns!

Seus olhos brilham de forma diferente daquela que observei na distante semana de recepção aos calouros. Seus traços e postura denunciam o tempo que a todos transformaram. [Suspiro].

A emotividade em um dia de formatura é o sinal da importância do acontecimento. Já disse, e agora escrevo: a despedida aos alunos é o que dá sentido ao que nós fazemos aqui. Sim, estamos em uma universidade de pesquisa, mas não são os indicadores que movem o mundo. São as pessoas que tocamos – e aquelas pelas quais nos deixamos tocar.

O salão está repleto delas. Bem na frente, uma massa de alunos em suas becas. Mais ao fundo (e além), convidados, funcionários da FCA e poucos docentes, infelizmente. Acho que as férias atrapalham a participação nas solenidades que dão significado ao nosso trabalho.

Em um momento em que se justificar para a sociedade parece ser um mantra, uma obsessão, não podemos ignorar o que se materializa em uma formatura. O que se formaliza, toma forma e se faz ver. É pouco provável que em um artigo científico consigamos tocar tantas pessoas e afetar o mundo de forma tão potente. Nossos alunos se vão, e com eles a universidade se enreda um pouco mais ‘na sociedade’ – inclusive entre os que não tiveram a oportunidade de frequentar o ensino público superior gratuito.

Nossos ex-alunos sabem muito bem. Olho para os lados e, assim como eles fizeram, reconheço e saúdo os colegas homenageados em 2020.

Salve, Christiano e Paulo Noije!
Salve, Maialle, Barreto e Etulain (a experiência e a força dos Núcleos)!
Salve, Luciano. Salve Fúlvia!

Um viva a todos que nos inspiram dentro e fora da sala de aula!

Muito obrigado,

Álvaro