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Em 2020, a Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp entrega à sociedade brasileira quase 300 novos profissionais altamente qualificados em diferentes áreas do conhecimento (Nutrição, Ciências do Esporte, Engenharia de Produção, Engenharia de Manufatura, Administração e Administração Pública), mas não só. Além de comporem os melhores quadros técnicos e gerenciais do país, muitos alunos egressos da graduação da Unicamp se destacam na academia, através da realização de pesquisas científicas, e na geração de novos conhecimentos, empresas, produtos e serviços.

Quando estão em análise os custos da universidade pública, seria preciso incluir na contabilidade algo que tem mensuração complexa e que alguns parecem fazer questão de esquecer: quanto vale, para um país, poder contar com cidadãos bem formados e que benefícios eles trazem para a sociedade? O que significa graduar-se pela Unicamp?

Conversamos com professores e alunos sobre estes temas – veja abaixo o que eles disseram:

“Formar-se hoje na universidade pública brasileira implica na possibilidade de obter as condições e vantagens acadêmicas e cognitivas que permitem compreender nitidamente os problemas sociais contemporâneos – e isso é imprescindível para o Brasil, uma vez que é função da universidade formar novas gerações que pensem e busquem a construção de um país mais justo, mais republicano e mais desenvolvido” (Prof. Carlos Etulain – docente dos cursos de Administração e Administração Pública)

 

“Os profissionais formados pela Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp saem para o mercado de trabalho com uma capacidade crítica mais aguçada, por conta da formação em ciências humanas e sociais oferecida pelo Núcleo Geral Comum. Este conjunto de disciplinas de caráter humanístico, comum a todos os nossos cursos, promove uma formação diferenciada, na medida em que instiga os alunos a construir um olhar crítico sobre a nossa atual conjuntura e os problemas que enfrentamos, do ponto de vista econômico, social, ambiental...e relacioná-los com suas possíveis áreas de atuação profissional. Outro ponto: por estarmos em uma faculdade de ciências aplicadas, a produção do conhecimento em pesquisa aplicada pelos docentes tende a ajudar os alunos dos mais diferentes cursos a ter uma formação muito atual e conectada com a realidade. A FCA tem mais de 30 organizações estudantis, o que demonstra a vocação da nossa Faculdade para atuar em diferentes setores da sociedade” (Profa. Sandra Gemma, docente dos cursos de Engenharia de Produção e Engenharia de Manufatura)

 

“Penso que se formar em uma universidade pública em 2020 é assumir um compromisso com a sociedade brasileira de, primeiramente, aplicar os conhecimentos adquiridos para a construção de uma sociedade melhor – este é o primeiro compromisso que assumimos.

O segundo é a defesa da ciência e da universidade pública no Brasil. Estamos vivendo tempos de ataques à educação, às universidades, à pesquisa científica, muitas vezes partindo do próprio governo brasileiro. Talvez não seja muito claro, para a grande maioria da sociedade, a forma como nosso sistema funciona: a sociedade mantém as universidades através dos impostos e são nelas que nascem as melhorias e as mudanças necessárias para a própria sociedade. Então, se formar em Administração na Unicamp em 2020 é isso: é assumir estes dois compromissos, para tentar reacender a noção de importância da universidade na nossa sociedade.

Nós, formados em Administração por uma das melhores universidades da América Latina, também assumimos o compromisso de mostrar que Administração é uma ciência humana e é um campo que deve ser valorizado. Muitos ainda acreditam que administrar um negócio é um ato intuitivo e isto está longe de ser verdade. Administrar exige formação e estudo para exercer a profissão” (Gabriel Falcini, formado em Administração em 2020. Ele começa o mestrado no Instituto de Geociências da Unicamp em março desde ano. Quer seguir carreira acadêmica e ser professor em universidade pública)

 

gabriel falcini

Gabriel com seus pais durante a cerimonia de colação de grau, em fevereiro 2020

 

“Graduar-se pela Unicamp significa um marco em minha vida. Há seis anos, eu via as universidades públicas como lugares muito inacessíveis, nos quais seria muito difícil entrar. Então, conseguir me graduar pela Unicamp, me dá um sentimento muito grande de conquista e dever cumprido – sou a primeira da minha família a se formar em uma universidade pública e tenho muito orgulho de estar me formando. Sou muito grata ao país, que pagou por minha formação, e entendo que tenho o dever de lutar pelas universidades públicas, para que outras pessoas possam ter a mesma chance que eu tive” (Giovana Cassiano – formada em Nutrição em 2020). Ela fez o PIF e passou em segundo lugar para mestrado CNEM. Começa as aulas em março deste ano)

 

“Hoje eu tenho noção da importância da universidade pública, de qualidade e gratuita e de como isso me dá um diferencial em relação à maioria das pessoas que me cercam. Acredito que carrego então uma grande responsabilidade: se eu tive o privilégio de usufruir da Universidade Estadual de Campinas, depois disso tenho uma responsabilidade muito maior em relação ao mundo no qual estou inserido, à cidade na qual eu moro, às pessoas com quem eu convivo e, principalmente, em relação às pessoas que sofrem os impactos do meu trabalho.

Em um primeiro momento, me formar pela Unicamp é um privilégio. A única coisa que lamento em relação a isso é de não ter tido tempo de usufruir de tudo o que a Unicamp poderia me oferecer. Recebi há pouco tempo, por exemplo, uma mensagem de uma disciplina que será oferecida em Barão Geraldo e irá tratar sobre os fatores sócio-afetivos da Felicidade, inspirada em uma disciplina que já existe em Harvard. É muito inspirador estar em uma universidade na qual as pessoas se preocupem com abordagens tão diversas, com construção de espaços participativos, com ambientes de construção coletiva, com ciência, pesquisa de qualidade, e fazer com que o acesso a este conteúdo seja tão amplo. Eu gostaria de ter tido mais oportunidade de participar mais de tudo isso, mas meu curso sempre demandou dedicação em tempo integral. Então, não tive tantas oportunidades de ir para Barão Geraldo participar de outras coisas que a Universidade oferece, e isso é a única coisa que eu lamento. Também lamento muito a existência de certa cultura de opressão de veteranos contra calouros dentro da Engenharia da Unicamp – algo que precisa acabar urgentemente.

Hoje, atuo como professor de cursinho na minha cidade (sou professor há 03 anos, comecei a dar aulas no cursinho comunitário Colmeia, em 2017) e ontem mesmo dei uma aula a respeito das universidades públicas estaduais de São Paulo, sobre ações afirmativas, já que dou aulas em um cursinho popular, para comunidades desprivilegiadas socioeconomicamente.

Como engenheiro, estou dando aulas e concluindo uma licenciatura, para conseguir dar aulas em outros ambientes. Estou escrevendo um artigo científico sobre saúde no trabalho de professores e pretendo publicar ainda neste ano; também tenho procurado iniciativas de economia solidária e tecnologia social com as quais contribuir na minha cidade, como engenheiro. Pretendo, além disso, entrar no mestrado, provavelmente em estudos do trabalho, em 2021.

Para mim, me formar em Engenharia de Manufatura na Unicamp é uma grande honra! Quando olho para trás e relembro tudo o que cresci nesses últimos anos meus olhos se enchem de lágrimas. Lágrimas de alegria e gratidão!” (Aluno Giovani Ziotti – formado em Engenharia de Manufatura em 2020)

 

 

“A Unicamp para mim é sinônimo de uma Universidade que está ativamente buscando melhorias. É uma Universidade que acredita no potencial de seus alunos. Foi graças à Unicamp ter confiado na minha capacidade que pude prestar o Ciência sem Fronteiras no meu primeiro ano de engenharia e conseguir estudar na University of Michigan. No final desse intercâmbio, pude estagiar no ramo de Engenharia de Produção nos Estados Unidos, uma experiência fantástica! Tenho certeza que nada disso seria possível se eu não tivesse tido o apoio da Unicamp desde o início.

Concluo esta etapa de minha vida muito contente com tudo o que vivi nos anos de graduação. Com a ajuda de todo o aprendizado e das oportunidades de desenvolvimento que tive na Unicamp, me formo já empregada em uma grande consultoria estratégica. Meus mais sinceros agradecimentos a todas as pessoas que participaram de tudo isso, vocês com certeza fizeram a diferença na minha trajetória. Que venham os próximos desafios!” (Aluna Stephanie Matsubara – formada em Engenharia de Produção)

Foto Stephanie Matsubara
 
                                          Aluna Stephanie Matsubara formou-se em Engenharia de Produção neste ano e já está trabalhando na área

 

 

“Para mim, ter me formado pela Unicamp é uma conquista, uma vitória gigante. Não só para mim, mas para minha família e para as pessoas a minha volta – colegas de convívio, de escola, para os quais, felizmente, eu pude servir de estímulo para ingressar num espaço no qual, antes, acreditávamos que não era para a gente. Ainda não caiu a ficha, mas me formei em uma das melhores universidades da América Latina. Em meio a isso, há um sentimento enorme de gratidão. Convivi com muitas pessoas diferentes, com variados pontos de vista, de várias classes sociais, religiões, vindas de diferentes culturas, algo que só é possível encontrar na universidade pública. Aprendi a ser tolerante, a respeitar as diferenças entre as pessoas, a ser um ser humano melhor. Em tempos de fake news, é preciso saber que é a universidade pública quem eleva o nível de nosso país na pesquisa, no ensino e na extensão. Sinto também, agora, a responsabilidade de oferecer para a sociedade o melhor retorno do investimento em minha formação. Acabei de me formar e já voltei na minha antiga escola do ensino médio, a ETEC Trajano Camargo, para falar sobre a minha experiência na Unicamp e como todos podem acessá-la. Acabo de tirar o meu registro do CREF (Conelho Regional de Educação Física) e quero trabalhar na área de esportes adaptados. Quero, através do esporte, promover qualidade de vida, relações sociais mais saudáveis, amizade e autoconfiança” (Diego Silva Mota – formado em Ciências do Esporte em 2020)