Revista NUFEN
Escombros de um pensamento: por entre ruínas e interdisciplinaridade
Heitor Matos da Silveira / NOMEAR – Grupo de Pesquisa Fenomenologia e Geografia (FCA/Unicamp)
Resumo
Que pode a interdisciplinaridade? Pensar é, sobretudo, uma violência. Ao nos colocarmos diante de um mundo de coisas, somos atravessados por intensidades, forças e sentidos, que compõem a nossa relação com o mundo e com a vida. Na esteira do pensamento moderno, o mundo sempre foi colocado enquanto um lugar mobiliado, em que nossa relação com as coisas e os seres se dá apenas de forma superficial e não de entrelaçamento. No entanto, não estamos alheios aos fluxos da natureza e de vida que acontecem no mundo, pois nosso corpo, nosso pensamento e os objetos que construímos estão submetidos aos mesmos movimentos de nascimento e de morte, de crescimento e de decaimento que dão o movimento de um mundo de coisas. A proposta desse artigo é pensar a relação entre ruínas e arruinamento do pensamento como potências para o acontecer de um pensamento ou pesquisa interdisciplinar.
Palavras-chave: Conhecimento; Mundo; Desconstrução.